Muitas vezes sentimos dificuldade no momento de colocar no papel nossas idéias e elaborar um projeto consistente que atenda as necessidades dos alunos, da escola e da comunidade. Dessas dificuldades e práticas, surgiu a idéia de criar um roteiro para elaboração de projetos de Informática Educativa. Segundo a professora doutora Maria Elizabeth B. de Almeida, a prática pedagógica por meio do desenvolvimento de projetos é uma ação inovadora, que se efetiva na ação do educador, mas que se apresenta como um desafio para professores, coordenadores e administradores educacionais. Um projeto surge de uma questão que se deseja investigar, uma situação problema ou um desafio. Qualquer projeto é constituí­do pelas fases de elaboração, execução e avaliação que compreende a reflexão e a depuração.
A descrição do projeto pode ser revista e reelaborada e em todas as fases é imprescindí­vel registrar o processo, para que se tenha elementos para subsidiar a avaliação.
Etapas de um projeto de informática educativa
  • No início do ano letivo é interessante fazer uma pesquisa diagnóstica com todos os segmentos da escola para saber por onde começar.
  • Uma boa dica é conversar com os professores para saber quem gosta de trabalhar com tecnologias e se há interesse em desenvolver algum projeto ou atividade.
  • Paralelamente, é bom fazer com os alunos algumas questões nas quais possam demonstrar os sonhos deles com relação a escola e ao trabalho com Tecnologias da Informação e Comunicação.
  • Esta pesquisa pode ser feita utilizando um editor de texto no próprio laboratório de Informática.
  • Feita a pesquisa com alunos e professores, é possí­vel saber o interesse de cada um. É hora de disponibilizar alguns softwares, sites de pesquisa e algumas ferramentas da Internet que possam ser utilizadas na elaboração do projeto.
  • Para o desenvolvimento do projeto é preciso definir horários e grupos de estudo. Neste momento é importante trabalhar em conjunto com os professores e coordenação pedagógica.
Com os horários e os grupos de trabalho definidos, é o momento de recebê-los no Laboratório de Informática. O professor passa a ser o orientador do projeto, o mediador e facilitador do processo de aprendizagem. Junto com os alunos, o professor também pode aprender e construir conhecimento por meio das ferramentas tecnológicas utilizadas.
O produto final que será elaborado em grupo será avaliado pelos professores das áreas envolvidas. Pode ser um jornal, uma apresentação multimí­dia, um ví­deo, um programa de rádio, um blog etc.
A avaliação do processo será feita por meio dos registros das atividades realizadas, da participação e envolvimento de cada pessoa.
Como elaborar o projeto inscrito
  • Identificação de sua escola (caracterização da Instituição)
  • Tema da proposta (nome do projeto, temática)
  • Objetivos (o que espera alcançar)
  • Problema/questão a ser resolvido/investigada (justificativa para o projeto – todo projeto surge de uma situação-problema ou algo que precisa ser investigado, melhorado.)
  • Público a ser envolvido (quem são as pessoas? quais alunos? que séries?)
  • Abordagem pedagógica (embasamento teórico, fundamentado em qual teoria? quais teóricos falam deste problema? Paulo Freire, Piaget, Vygotsky?)
Mí­dias e tecnologias a serem utilizadas (internet, rádio, tv, ví­deo, revista/jornal?)Atores e papéis que deverão desempenhar (qual o papel de cada pessoa envolvida no projeto? diretores, coordenadores, professores, alunos monitores, comunidade etc.). Desenvolvimento da atividade (definir atividades e como será o desenvolvimento delas) Etapas/ações a serem realizadas (definir as etapas, sequência de passos necessários para a execução do projeto – começar por onde? como?)
  • Perí­odo de realização (cronograma – quanto tempo? anual, bimestral?)
  • Avaliação (que tipo de avaliação? quais instrumentos serão utilizados? de que forma?)
  • Referências bibliográficas (autores, citações, internet)
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, J. F. e JÚNIOR, F. M. F. (2000) PROINFO: Projetos e ambientes inovadores. Secretaria de Educação à Distância. Brasília. Ministério da Educação. 96 pp. (Série de Estudos Educação à Distância, ISSN 1516-2079; v.14).
Por Josete Maria Zimmer, professora e Especialista em Informática Aplicada à Educação, profissional vinculada à Escola Estadual Fernando Nobre de Cotia-SP